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Era uma tarde repleta de dourados raios de sol quando Arthur, o menino de cabelos lisos castanhos, decidiu que era um dia perfeito para visitar o parquinho. Com seus amigos, a alegria de balançar alto, tão alto a ponto de sentir que poderia tocar as nuvens com os dedos, era incomparável.
Arthur, sempre gentil e carinhoso, notou algo diferente no parquinho dessa vez. Junto ao balanço onde se divertia, havia uma gatinha de pelos tão escuros quanto a noite e com manchas que brilhavam como pequenos sóis. Sua pelagem mudava com o passar das horas, amarelo-dourado durante o dia, a criatura deslumbrante parecia um pequeno eclipse ambulante.
'Olá, quem é você?' Arthur perguntou, tentando se aproximar, mas a gatinha, desconfiada, deu um passinho para trás. Nesse momento, Mariana e Lucas, amigos de Arthur, chegaram correndo. 'Que gatinha estranha!', exclamou Mariana, seus olhos refletindo curiosidade. 'Nunca vi uma gata como ela antes', disse Lucas, um pouco receoso.
Cauteloso, Arthur estendeu sua mão e, para a surpresa de todos, a gata não fugiu. Em vez disso, ela esfregou sua cabeça contra a mão dele, seus pelos macios acariciando a pele do garoto. 'Ela deve estar perdida', Arthur concluiu, observando que não havia coleira em seu pescoço.
'Vamos tomar conta dela até encontrarmos seu dono!', exclamou Mariana, sempre pronta para ajudar os animais. 'Sim!', concordaram Arthur e Lucas, e juntos, formaram um círculo ao redor da pequena gata, que parecia saber que, naquele instante, tinha encontrado um porto seguro.
Juntos, as crianças brincaram com a gata Mel – como a chamaram pelo brilho de suas manchas – compartilhando petiscos e risadas. A gata, percebendo a amizade e o cuidado daquelas crianças, deixou seu receio de lado e entregou-se às brincadeiras.
Conforme a tarde caía, Arthur sabia o que devia fazer e compartilhou com seus amigos: 'Precisamos acolher aqueles que não podem se defender. Vou levar Mel para casa e cuidar dela até descobrirmos seu lar.' Seus amigos concordaram e se comprometeram a ajudar na busca pela família de Mel.
Em casa, Arthur apresentou Mel à sua família e todos ficaram encantados. Com o passar dos dias, uma surpresa aconteceu: descobriram que Mel não tinha um lar. A gata era uma aventureira que há muito vagava sem um destino. Assim, decidiram que Mel faria parte da família.
Fim da tarde, voltando ao balanço já acompanhado de Mel, Arthur sentiu seu coração leve enquanto ela se aninhava em seu colo. Ele tinha aprendido que a amizade e a compaixão eram tesouros que poderiam mudar vidas, assim como havia mudado a de Mel.
E foi assim que o balanço se tornou um símbolo de união, compreensão e do poder de acolher alguém. Arthur nunca esqueceu que, ao estender a mão a Mel, ele deu a ela muito mais do que um lar; deu a ela uma família. Uma família que a acolheu e ensejou amor incondicional.